Por vezes dou comigo a pensar, porque carga de água tenho eu tendência a chafurdar no óleo. Poderia dar-me para pior,... ou talvez não.
Também não creio que seja genético. Nos machos da família não encontro alguém com tão especial (considero eu) tendência. O meu pai não é assim. Prevejo ter herdado este karma do meu tio Bernardino, ciclista afamado, e doido por lambretas. Tinha várias Lambretta e algumas NSU. Todas elas impecáveis de se ver. E de andar também.
Mas não. A razão fundamental não pode ser esta.
A Razão não tarda em lembrar-me :
- Não abunda nas tuas algibeiras quantidade tal do vil metal para, em vez de te pintares de preto, mandares alguém por ti fazê-lo...
- Ah, pois é... - penso eu. Sim, mas não só - concluo!
A apetência provém de gostar de veículos feios, mal jeitosos, desconfortáveis, que babam óleo, fora da moda (usam a mesma fatiota há mais de 50 anos). Mas andam. Andam sempre. Foram baptizados com o nome de Land Rover.
A segunda razão, é a óleoterapia. Relaxa-me.
A terceira, última mas não menos importante das razões, é a de constatar que, não foram poucas as vezes em que paguei para outros se sujarem (e bem, diga-se), ficando convencido que teriam sido resolvidas as causas do meu queixume (pelo menos paguei para isso), mas apenas se preocuparam com os efeitos.
O resultado foram anomalias reincidentes, com o correspondente milagre dos custos : o da multiplicação.
Pesa-me contudo a consciencia. Os meus filhos, neste assunto, parece seguirem-me as pisadas.
Sinto-me feliz por isso.
Sem comentários:
Enviar um comentário